top of page

 

Fratura nos metatarsos

O que é?

  Os ossos metatarsos são cinco ossos longos que formam a região anterior do pé, conhecida popularmente como o peito do pé. Eles são ligados entre si por músculos, tendões e ligamentos fortes, que dão estabilidade ao arco plantar. O quarto e quinto metatarsos apresentam uma certa flexibilidade e é por essa razão que os nossos pés se adaptam ao diferentes tipos de solo.

  Os metatarsos se articulam com os ossos do tarso e com as falanges, que são os dedos dos pés. O primeiro metatarso é o mais importante, maior e mais resistente, mas é o menos acometido por fraturas. Já o quinto metatarso é o mais comumente afetado.

  As fraturas dos metatarsos são comuns e podem ocorrer na base, no terço médio, no colo ou na cabeça do osso. O que vai determinar o nível de gravidade da fratura são fatores como o local, extensão e se houve desvio ou não.

Causas

  As fraturas dos metatarsos podem ter variados fatores causadores. Elas podem ocorrer por causa de uma contusão direta, como a queda de um objeto sobre o dorso do pé.

Os esmagamentos e torções geralmente são causados por acidentes de motocicleta e automóvel e por quedas de alturas.

Outra causa de fraturas dos metatarsos pode ser por estresse devido aos movimentos repetitivos e com sobrecarga contínua, o que é mais freqüente em pessoas que praticam esportes de alto impacto, como as corridas, que dançam, e na execução da marcha militar.

Grupo de risco?

 O grupo de risco é formado por indivíduos que praticam esportes de alto impacto e onde há a mudança brusca de direção como os corredores e jogadores de basquete e futebol.

Os dançarinos também têm uma predisposição maior a sofrer fraturas por estresse.

Outro grupo que corre um risco maior de ter fraturas dos metatarsos são as mulheres no período de pós -menopausa por causa da osteoporose.

Sintomas:

  A dor no pé é um dos sintomas relatados. Essa dor pode ser mais intensa fazendo com que o individuo fique impossibilitado de apoiar o pé no chão.

O pé também apresenta inchaço, principalmente no dorso do pé (peito do pé). Além disso, o pé acometido pode apresentar hematoma.

Nos casos onde a fratura ocorrer no colo ou cabeça do osso metatarso, o paciente pode apresentar uma calosidade na planta do pé, além de poder desenvolver a metatarsalgia.

Esses sintomas são um grande indicativo de pé quebrado.

Diagnóstico:

  O diagnóstico deve ser feito por um médico ortopedista. O médico deve obter informações sobre como ocorreu o incidente que pode ter provocado a fratura, se tem alguma doença prévia que pode predispor à fratura, além dos sintomas apresentados.

Além disso, deverá ser realizado um exame físico que consiste na palpação do local afetado, onde deve ser notado se há presença de crepitação, dor intensa e avaliar se a pulsação do dorso do pé está normal ou não.

Para confirmação do diagnóstico e para se avaliar o tipo de fratura e extensão, o médico deverá solicitar o exame de raio-x. Isso permite que seja excluída a possibilidade de outros tipos de fratura do pé.

Nos casos de fraturas causadas por estresse pode ser que não se encontre achados radiológicos, podendo demorar de 3 a 4 semanas para aparecerem. Por isso nos casos onde houver suspeita desse tipo de fratura, o médico pode solicitar que seja feita a avaliação por meio da ressonância magnética.

Devemos ressaltar que a falta de diagnóstico e tratamento da fratura pode deixar sequelas que incapacitam o indivíduo.

  Tratamentos

  O tipo de tratamento a ser realizado vai ser definido com base no tipo de desvio ósseo e no grau de lesão dos tecidos moles que revestem os ossos.

Quando não houver desvio é indicado o tratamento com bota imobilizadora rígida e o apoio da carga corporal pode ser liberado precocemente.

Nos casos onde houver um desvio mínimo o tratamento mais indicado é o conservador. Esse tratamento consiste no uso de bota gessada ou bota imobilizadora rígida sem que o paciente apóie o peso corporal sobre o pé afetado por 3 a 4 semanas, Após esse período o paciente deverá se utilizar de muletas, permitindo o apoio parcial por 3 semanas.

No período após imobilização com gesso ou tala deve ser iniciado um programa de fisioterapia. As técnicas que revelam maior eficácia nesta condição:

  • Exercícios para melhorar a flexibilidade, força e equilíbrio (incluindo exercícios em carga)

  • A aplicação de calor antes dos exercícios para aumentar a irrigação sanguínea e de gelo no final para prevenir sinais inflamatórios.

  • Mobilização articular.

  • Educação do paciente e plano de retorno gradual à actividade.

  • Massagem de mobilização dos tecidos moles.

 

Tratamento cirúrgico

O tratamento cirúrgico é indicado para os casos onde houver um desvio maior, atingindo a articulação ou se tiver muitos fragmentos e nos casos de fratura exposta.

A cirurgia a ser realizada é por via aberta e permite que seja feito o alinhamento e fixação dos segmentos. Para isso podem ser utilizados pinos, parafusos ou placas.

bottom of page